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Vou contar -vos uma história que encantou, algo que subiu aos céus e os conquistou.

    Uma história densa, que Camões cantou, e que as musas do Tejo apaixonou. Com os pulmões cheios de alma e clamor, cantou bem alto a história do descobridor, “ Viva o reino Português!” Contou batalhas, conquistas, derrotas e vitórias, fracassos, mas, também, objetivos pensados nunca inalcançados. Contou suor, o esforço, a dedicação do povo português nesta aventura, a persistência e a capacidade de nunca desistir.

   Pediu auxílio às Tágides, as musas do Tejo, que o inspiraram nesta epopeia, uma obra celestial, maior do que os Homens, só alcançável pelos deuses. Aos céus subiu e contou a alvoraçada das discussões e reuniões dos deuses sobre o povo português e, naquela manhã de 1498, auxiliados por Vénus e Marte, avistaram terra, tinham chegado à Índia.

    Após vários naufrágios e fracassos, perseguidos por Baco e Neptuno, conseguiram e pela fé cristã lutaram. Canta com o peito inchado de orgulho a história de Portugal, “por mares nunca antes navegados passaram além da Taprobana, em perigos e em guerras esforçados” formaram o reino português. Na Índia escreveu, na Índia se inspirou nesta história de Portugal que a muitos cativou. Mesmo sem um olho, vê, descreve e admira a história do povo português, nesta viagem inesquecível, que não só ao olho de Camões é que consegue ser sentida.

   A sua vida pobre ultrapassou e com a sua mente e alma rica dedicou ao grande Del rei D. Sebastião, o grande tesouro da história de Portugal. Assim, Camões contou e Vasco Graça Moura, para nós, explicou.

Ana Margarida Rebelo Lopes, nº 3 – 8ºC

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